Vamos precisar reorganizar o comum
Vamos precisar reorganizar o comum. Este empenho de reorganizar o comum é uma tarefa de comunicação. Nós, comunicadores(as) nunca fomos tão necessários(as). O campo da comunicação é um dos mais centrais para a gestação de conhecimentos, saberes e competências construtores do futuro que desejamos. E este futuro não é apenas técnico e tecnológico. Ele é – sobretudo – humano.
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Estes dias, conheci o termo “fear of dating again”, nome que se dá a uma síndrome que já está sendo identificada nos primeiros movimentos de reencontro presencial entre pessoas. Em tradução livre, a expressão significa “medo de se encontrar de novo” e tenta explicar a sensação de angústia que deve nos acompanhar ao começarmos a retomar a convivência. Ontem, em uma live de que participei, uma das minhas interlocutoras contou que os primeiros reencontros com pessoas com quem ele esteve (em reuniões remotas) neste período, foram estranhos, porque parecia que “o corpo não tinha acompanhado a intimidade” que tinha se criado com a mediação da tela. Uma das tarefas que se impõe para os próximos anos é da ordem da equalização. Vamos passar um tempo buscando equilíbrio entre um “antes” e um “depois” de tudo que ficou incorporado, “impresso” em nossos corpos.Vamos precisar reorganizar o comum. Este empenho de reorganizar o comum é uma tarefa de comunicação.Nós, comunicadores(as) nunca fomos tão necessários(as).O campo da comunicação é um dos mais centrais para a gestação de conhecimentos, saberes e competências construtores do futuro que desejamos.E este futuro não é apenas técnico e tecnológico. Ele é – sobretudo – humano.