Papoterapia: Ansiedade

A quem interessa que o bem-estar e o cuidado sejam vistos como um privilégio ou um luxo? Ou mesmo como uma escolha?
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Em contextos desiguais, prescrever bem-estar e cuidado como escolha individual meritocrática é violento.
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Esta agenda do bem-estar é elitizada, entre outras coisas, porque “importamos” visões coloniais de bem-estar e cuidado. E reproduzimos discursos igualmente colonizadores e reprodutores de estruturas aceleradoras. As supostas “soluções” de bem-estar são pensadas individualmente, porque são justamente uma apropriação mercadológica do cuidado, para vender de coach a terapias e autocuidado, skin care e outras ideias que são lindas e importantes.
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Mas não são suficientes em culturas aceleradas, desiguais e adoecedoras.
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Do ponto de vista coletivo é uma violência afirmar que a pessoa tem que acordar 5 minutos mais cedo para fazer seu skin care.
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Do ponto de vista coletivo, precisamos caminhar do bem-estar ao bem viver.
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“Bem Viver é uma visão – uma vivência – de comunidades que se organizam a partir do coletivo. É um modo de vida “em pequena escala”, baseado em relações de produção autônomas, renováveis e autossuficientes.
Uma alternativa sistêmica que visa garantir uma vida digna para todos e a própria sobrevivência da espécie humana e do planeta.
O Bem Viver questiona o conceito eurocêntrico de bem-estar”. Alberto Acosta.
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Falamos sobre isso no Papoterapia, na semana passada. A aula na íntegra está neste episódio do Podcast no Spotify: