Curso ‘Cansaço e experiência hiperconectada no capitalismo contemporâneo- Diálogos sobre cultura da velocidade e digitalização da vida’
A proposta do curso é repensar a comunicação na cultura contemporânea e sua relação com a aceleração social do tempo, com esteio principal na obra do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han. O curso parte de um dos livros mais célebres de Han no Brasil, Sociedade do cansaço, e promove articulações com outros escritos do autor, como A expulsão do outro, Sociedade da transparência, Agonia do Eros e Favor fechar os olhos. A partir disso, o curso explora pontos de interface e diálogo com outros teóricos da comunicação e pensadores contemporâneos, para discutir a cultura da velocidade, a exaustão da subjetividade e o esgotamento do corpo – fatores que marcam a experiência individual e coletiva, em especial nas grandes cidades.
Diferenciais
Han é um pensador, filósofo e ensaísta que analisa fenômenos e tendências sociais contemporâneos, ligados ou não à cibercultura. O autor circula entre oriente e ocidente por conta de sua origem e de sua trajetória acadêmica, realizada na Alemanha. Sua obra trata de questões atravessadas pela necessidade de se repensar o humano hoje, com foco em aspectos como trabalho, convivência, poder, tempo, espaço, sociabilidade, violência, cultura e vida coletiva. A digitalização da vida desponta como um dos fatores centrais de rearranjo da condição humana abordada por Han. Ao longo das aulas, o diálogo com outros autores será realizado em três blocos temáticos:
(1) vida digitalizada e sociedade do cansaço;
(2) comunicação, cultura e sociedade da transparência;
(3) experiência, aceleração e expulsão do outro.
Objetivos
a) conhecer a obra de Byung-Chul Han;
b) explorar os conceitos de “sociedade do cansaço” e “sujeito do desempenho” propostos pelo autor, em diálogo com suas demais obras e com o pensamento de outros autores;
c) articular esquemas teóricos e conceitos a respeito da experiência individual e coletiva contemporânea, marcada pela aceleração da vida e pela hipercomunicação;
d) apresentar princípios e práticas de contraponto ao contexto social vigente, com foco na noção de cultura slow.